CHAN-SI-LAU, PIRATA DE MACAU
A Península da foz do rio das Pérolas tinha caído nas mãos do terrível pirata Chan-Si-Lau, que chefiava vários bandos de malfeitores. Dali organizavam ataques violentíssimos às terras vizinhas e assaltos aos navios que passassem perto. Todas as tentativas para os expulsar fracassaram até que um dia chegaram os portugueses e venceram-nos. Chan-Si-Lau, humilhado com a derrota, suicidou-se. Os companheiros, vendo-se sem chefe, fugiram.
Quando o Imperador soube, ficou muito satisfeito por se ver livre de desordeiros e, para compensar os portugueses, autorizou-os a fundar uma cidade na península de Macau. Esta lenda tem outra versão: teriam sido os mandarins de Cantão a pedir ajuda aos portugueses para desalojarem Chan-Si-Lau e patrulharem a foz do rio das Pérolas, prometendo em troca autorização para fundarem uma cidade.
A Península da foz do rio das Pérolas tinha caído nas mãos do terrível pirata Chan-Si-Lau, que chefiava vários bandos de malfeitores. Dali organizavam ataques violentíssimos às terras vizinhas e assaltos aos navios que passassem perto. Todas as tentativas para os expulsar fracassaram até que um dia chegaram os portugueses e venceram-nos. Chan-Si-Lau, humilhado com a derrota, suicidou-se. Os companheiros, vendo-se sem chefe, fugiram.
Quando o Imperador soube, ficou muito satisfeito por se ver livre de desordeiros e, para compensar os portugueses, autorizou-os a fundar uma cidade na península de Macau. Esta lenda tem outra versão: teriam sido os mandarins de Cantão a pedir ajuda aos portugueses para desalojarem Chan-Si-Lau e patrulharem a foz do rio das Pérolas, prometendo em troca autorização para fundarem uma cidade.
Como legítimo herdeiro do trono de Chan-Si-Lau (kkk) afirmo que o que houve nada teve de gesto heróico dos portugueses. Os locais, chefiados por Lau, foram desalojados pelos exploradores a serviço de um império colonialista e escravocata tal e qual o Português de então. O grupo de resistência destruiu caravelas, enfrentou os invasores fazendo uso da paciência e energia, e saqueou as embarcações que levava os produtos extraídos e explorados de território pátrio - sem pagamento de impostos. Vencidos, os locais foram assassinados e expulsos da própria terra com suas mulheres e filhos. Os Lusos agiram como fizeram em outras tantas colônias subjugadas por eles ou mesmo pelo seu patrão, a Inglaterra. Agiu, portanto, como faz o malfeitor: e a história, como sabemos, muitas vezes é contada pelo vitorioso que, no caso narrado, nada tem de glorioso. O que não impede que a verdade, mesmo que 500 anos depois, venha a tona. Chan-Si-Lau, resumidamente, foi Mao-Tse-Tung de cinco séculos antes.
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